O Mundial de Paranatação começa na próxima segunda-feira (09), em Londres, na Inglaterra. A competição será realizada até o dia 15 de setembro e terá como cenário o Parque Olímpico Rainha Elizabeth, mesma piscina dos Jogos Paralímpicos de Londres que ocorreram na capital inglesa há sete anos.
Os atletas brasileiros estavam em ação na semana passada em Lima, no Peru, onde disputaram os Jogos Parapan-Americanos. Vinte e quatro atletas que competirão no Mundial também nadaram a competição continental que terminou no último dia 1º de setembro. Quem completa a seleção em Londres é o carioca Caio Amorim da classe S8.
No Parapan de Lima, a modalidade contou com 40 nadadores, que conquistaram 127 medalhas. Ao todo foram 53 ouros, 45 pratas e 29 bronzes. Em Lima, o paulista Daniel Dias teve 100% de aproveitamento. Ele foi o campeão nas cinco provas que disputou e atingiu a marca de 33 medalhas de ouro em Jogos Parapan-Americanos. Phelipe Rodrigues também fez um excelente Parapan, tendo sido o nadador que mais conquistou medalhas no evento: oito ao todo, com sete ouros e um bronze.

A natação brasileira guarda boas lembranças do palco dos Jogos Paralímpicos Londres-2012. Naquela ocasião a equipe faturou 14 medalhas, sendo nove de ouros, quatro de pratas e uma de bronze. Quatro medalhistas daqueles Jogos integram a seleção brasileira neste Mundial: Daniel Dias e Joana Neves na classe S5, Edênia Garcia na classe S3 e Phelipe Rodrigues na classe S10.
“É sempre bom voltar, ainda mais a um lugar que me traz boas recordações. Em 2012, tivemos uma excelente Paralimpíada e poder voltar aqui é uma alegria. Mas a gente sabe que é outra competição agora. Esperamos mais uma vez continuar nesse nível no Mundial e conseguir trazer alegria para o povo brasileiro”, disse o medalhista Daniel Dias, que conquistou seis ouros naqueles Jogos de Londres.
Neste Mundial são esperados 600 nadadores de 60 países. A competição também dá aos países a alocação de vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio no próximo ano. Os atletas que ficarem entre os dois primeiros em suas respectivas provas garantem um lugar à sua nação na Paralimpíada. Cada nadador poderá acumular apenas um posto para o seu país.
“A expectativa para o Mundial é superar o que me aconteceu em 2012: fiquei em quarto lugar na minha prova principal, que são os 50m livre. Dessa vez eu tenho uma responsabilidade maior, por ser campeão mundial, mas estou com a cabeça tranquila. Eu acredito que vou cair na minha melhor forma possível. Tenho certeza que vou trazer bons frutos para o Brasil”, comentou Phelipe Rodrigues, que nos Jogos de Londres subiu ao pódio para receber a medalha de prata nos 100m livre da classe S10.
Na última edição do Mundial, na Cidade do México, em 2017, o Brasil terminou na quarta colocação no quadro-geral com 36 medalhas: 18 de ouro, nove de prata e nove de bronze. Confira aqui o perfil dos atletas que participarão do Mundial de Londres 2019.