Imagine montar uma piscina de 25 metros no meio da neve durante o duro e rigoroso inverno russo e convidar atletas de várias partes do mundo para disputar um Campeonato Mundial de natação. Considera isso algo absurdo de ser realizado? Pois saiba que não é, afinal isso realmente aconteceu.
Durante os dias 8 e 12 de março, na cidade de Tyumen, localizada na região da Sibéria, foi disputada a 10ª edição deste peculiar campeonato internacional de natação. Realizado anualmente em locais gélidos, o Mundial 2016 reuniu mais de 1200 nadadores de 42 países, com idades de 8 a 92 anos.
Os nadadores foram separados por idade e disputaram provas de 50 a 200 metros. Além da condição climática, que não era nada agradável com a baixa temperatura, os atletas ainda nadaram em águas geladas que não tinham aquecimento e foram extraídas diretamente de um rio que ficava nas proximidades.
Maria Luisa Lozano Letelier, que nadou sete provas na categoria 30 a 39 anos de idade, foi a única representante do Brasil no Mundial. Ela não subiu ao pódio, mas terminou entre as dez melhores colocadas em todas as provas que nadou. País anfitrião a Rússia for a grande vencedora no quadro geral de medalhas, seguida pela Finlândia outro país famoso pelas baixas temperaturas.
A realização do Mundial de inverno motiva também aqueles que são a favor da entrada da modalidade nos Jogos Olímpicos de Inverno, algo que por enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) não tem interesse em aderir.
Por Guilherme Freitas