Chegamos ao capítulo final da minissérie especial sobe o que aconteceu com as piscinas que sediaram eventos de natação nos Jogos Olímpicos e hoje trazemos a terceira parte com o destino dos palcos dos Jogos de Seul-1988 até Rio-2016, com a adição de detalhes das sedes das próximas três edições.
Chegamos a era das enormes arenas, com alta tecnológica e capacidade para dezenas de milhares de pessoas. Muitas passaram por ajustes e reformas, mas seguem até hoje sediando eventos e abertas a população local, com algumas exceções, caso do Rio de Janeiro. Lembrando que você pode ler a primeira parta aqui e a segunda parte aqui. Veja mais abaixo.

Seul-1988: Nomeado Jamsil Indoor Swimming Pool este complexo aquático demorou três anos para ser concluído e apresentou poucas inovações tecnológicas em relação as arenas olímpicas anteriores. Ao longo dos anos o local passou por reformas e teve sua capacidade reduzida para 8 mil lugares. Atualmente serve como base para equipes competitivas e recreação para a população local.

Barcelona-1992: Construída em 1970, a Piscines Bernat Picornell é uma das piscinas mais tradicionais da Europa. O local, batizado em homenagem a um dos fundadores da Federação Espanhola de Natação, recebeu pequenos ajustes para sediar os Jogos em 1992. Atualmente o local é aberto para a população de Barcelona e eventualmente sedia campeonatos nacionais na Espanha. No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos em 2013, foi palco das disputadas do polo aquático.

Atlanta-1996: Piscina da edição centenária dos Jogos Olímpicos, a Georgia Tech Aquatic Center esta localizada dentro do campus da Universidade de mesmo nome. Até os dias de hoje ela é utilizada pelos alunos, pelos times universitários de esportes aquáticos e também para sediar eventos da natação americana. Em 2011 sediou o The Duel in the Pool, quando a seleção americana nadou contra um combinado europeu.

Sydney-2000: Começou a ser construída em 1992 e foi inaugurada em 1994. O plano inicial era de fazer mais uma piscina pública e de recreação na cidade e quando Sidney ganhou o direito de sediar os Jogos, a piscina passou por alguns ajustes para receber o evento. Renomeada como Sydney Olympic Park Aquatic Centre, o local ganhou arquibancadas provisórias para quase 17 mil pessoas na época dos Jogos e hoje é mais uma das milhares de piscinas públicas no país, além de realizar eventos profissionais de natação.

Atenas-2004: Esta piscina também não foi erguida visando os Jogos, mas depois que Atenas ganhou o direito de sediar a Olimpíada se tornou uma instalação olímpica. Rebatizada como Athens Olympic Aquatic Centre, a piscina era ao ar livre e ganhou uma cobertura nos anos seguintes. O complexo aquático foi pouco utilizado desde então, sediando raros eventos e chegou a ficar fechado por um período. Desde 2015, porém, foi reativado e passou a receber atividades de natação.

Pequim-2008: Uma das construções olímpicas mais arrojadas, tinha o teto revestido de três mil bolhas de plástico translúcidos e ultra resistente, que a noite ficavam coloridas, dando a sensação de estar debaixo d’água. Por essa característica o Beijing National Aquatics Center ganhou o apelido de Cubo D’Água. Atualmente a piscina, onde o Brasil ganhou até hoje sua única medalha de ouro na natação com Cesar Cielo, ainda funciona intercalando eventos de natação com atividades de recreação e comerciais.

Londres-2012: O London Aquatics Centre teve um design bastante futurista, que parecia uma nave espacial graças as arquibancadas provisórias que pareciam duas asas. Ao fim dos Jogos elas foram removidas e a piscina passou a ter capacidade para pouco mais de duas mil pessoas, servindo como local para treinamento da seleção britânica e também atendo a população londrina. O local também sediou a edição 2016 do Campeonato Europeu de Esportes Aquáticos.

Rio-2016: Construído especialmente para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Estádio Aquático Nacional teve vida curta e um destino trágico. A imponente arena seria desmontada a fim dos Jogos e se tornaria uma escola pública. Porém, nada disso aconteceu. A piscina foi desmontada e esvaziada, mas a arquibancada e a estrutura ainda continuam se deteriorando no Parque Olímpico. Após os Jogos foi palco do Raia Rápida em 2016, mas até o momento não se sabe o que será da arena. Um destino muito triste.

Tóquio-2020: Adiado para 2021 devido a pandemia do COVID-19, as provas de natação dos Jogos de Tóquio serão disputadas no recém-construído Tokyo Aquatics Centre que já teve sua inauguração realizada no ano passado. O moderno complexo terá capacidade para 15 mil pessoas, porém, os Jogos poderão acontecer sem a presença de público devido a pandemia. A expectativa após os Jogos é deixá-lo como legado para cidade e sediar eventos futuros.
As sedes para os Jogos de Paris-2024 e Los Angles-2028 já foram definidas. Na terceira edição a ser realizada na capita francesa, as provas de natação vão ocorrer em um novo centro aquático que será erguido na cidade de St-Dennis, próximo ao Stade de France na grande Paris. Já na cidade americana, que também vai sediar o evento pela terceira vez, os eventos serão realizados na piscina da University of Southern California, local de treinamento da equipe Trojans USC.




































