No próximo domingo a Praia de Copacabana será palco mais uma vez do Desafio Rei e Rainha do Mar. Este ano o evento chega a sua 10ª edição na prova de elite e contará com a presença de 12 nadadores representando quatro países que vão batalhar pela coroa da realeza dos mares.
Será uma prova bastante interessante de se acompanhar porque este ano teremos nadadores de trajetórias diferentes ao longo de suas carreiras. Alguns especialistas em águas abertas e outros com vasta experiência e sucesso na piscina. Desta vez o circuito será de oito voltas de 350m, com cada atleta tendo que percorrer quatro voltas de 300 metros na água e mais uma corrida na areia de 50 metros até passar a vez para o parceiro. Toda esta dinâmica e versatilidade dos atletas, também aumenta a chance de acontecer maiores surpresas.
A dupla favorita a vitória é a brasileira que nadará com a touca amarela: Ana Marcela Cunha e Victor Colonese. Ana Marcela esta vivendo uma semana cheia de prêmios. Começou sendo premiada pela Fina como a melhor nadadora de águas abertas do mundo na temporada 2018 e na terça-feira ganhou pela segunda vez o Prêmio Brasil Olímpico pelo COB. Já Colonese vive uma das melhores fases da carreira tendo conquistado três medalhas no Campeonato Sul-Americano e se classificado para a primeira etapa da Fina Marathon Swim World Series.
Além da boa fase, a dupla de nadadores baianos conta com a experiência de conhecer muito bem as águas da Praia de Copacabana e estarem em busca de conquistas simbólicas. Caso vença domingo, Ana Marcela chegará a sua quarta vitória no Rei e Rainha do Mar se isolando como a mair campeã da história e deixando o australiano e tricampeão Trent Grimsey para trás. Já Colonese esta motivado para buscar seu primeiro triunfo no desafio de elite.
Uma das duplas que devem incomodar a dupla amarela brasileira será a italiana. Afinal, a equipe conta com a presença de dois nadadores que já triunfaram no desafio em 2016 e que uma nadadora que sempre se dá bem na Praia de Copacabana. Foi nessa praia que Rachele Bruni sagrou-se vice-campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016 e meses depois levou a coroa de rainha do mar a lado de Dario Verani, que pela terceira vez disputa a competição, agora já como um veterano já habituado a essas águas.
As demais duplas brasileiras serão formadas por perfis semelhantes: um nadador especialista em piscina e uma nadadora forte nas águas abertas. O Brasil verde conta com o jovem Guilherme Costa, o Cachorrão, recordista sul-americano dos 800m e 1500m livre em piscina longa. Ao seu lado, Viviane Jungblut que soma medalhas internacionais na Fina Marathon Swim World Series e que também vai muito bem na piscina onde ostenta um recorde continental nos 400m livre na piscina curta. Uma equipe que promete dar trabalho e nada o evento pela segunda vez.
Já o Brasil azul vem com um recém campeão mundial. Leonardo de Deus vai nadar mais uma vez o evento em Copacabana. Semana passada ele integrou o revezamento 4x200m livre campeão e recordista mundial em piscina curta e será uma das atrações do evento. Conhecido por nadar provas de várias distâncias e estilos, Leo também é bastante competitivo e versátil. Sua parceria será Betina Lorscheitter que tem vasta experiência em águas abertas e nas disputas do Rei e Rainha do Mar, além de ter tido uma ótima temporada em 2018 com o bicampeonato no Brasileiro de Maratonas Aquáticas da CBDA e com a conclusão e recorde na Travessia do Leme ao Pontal.
A Holanda trará juventude ao evento. Embora Esmee Vermeluen vá para seu terceiro Rei e Rainha do Mar ela tem apenas 22 anos. Sua experiência pode ajudar o jovem Pepijn Smits de 21 anos e que vem ao Brasil pela primeira vez. Porém, mesmo jovens os dois holandeses foram campeões europeus de águas abertas este ano ao lado dos campeões olímpicos Ferry Weertman e Sharon van Rouwendaal. Ou seja, podem surpreender.
Já a dupla americana traz a experiência de Megan Melgaard, de 38 anos e que já nadou diversas provas e desafios de águas abertas pelo mundo aliada a juventude e títulos na piscina de Zane Grothe que nadou o Mundial de curta em Hangzhou na China e foi campeão no Campeonato Pan-Pacífico, convivendo com estrelas do porte de Katie Ledecky e Caeleb Dressel. Desta vez os Estados Unidos podem não ter uma dupla famosa como em edições passadas, mas são sempre uma equipe difícil de ser batida.
Como podemos ver a 10ª edição do Desafio Elite do Rei e Rainha do Mar será bastante interessante em ver como atletas de diferentes perfis e trajetórias dentro d’água vão encarar o evento. Será mais uma vez uma disputa emocionante debaixo de um sol de quase 40 graus na Cidade Maravilhosa!