No final de 2017 Filippo Magnini comunicou ao mundo o fim de sua carreira competitiva durante um campeonato local em Riccione. O anúncio foi de surpresa, já que o italiano não dava indícios de parar de nadar naquele momento. Aos 35 anos de idade, o italiano afirmava que já havia cumprido seu papel na modalidade. Na semana passada, porém, ele afirmou que pretende regressar as piscinas.
“Nenhum adversário é forte demais para ser derrotado, nenhum objetivo é grande demais para ser alcançado. Não importa quanto tempo leve, não importa o quanto isso vá custar a você. Já ganhei muito na minha carreira, mas as maiores vitórias são aquelas sem pódio. Aquelas em que vencer é chegar à linha de chegada, não terminar em primeiro. A única maneira de perder é se recusando a lutar. Eu escolhi voltar para a água como vencedor, porque por dentro já ganhei tudo“, disse a imprensa italiana o bicampeão mundial dos 100m livre, que se auto denominou rei da velocidade após o segundo título em Melbourne-2007.
A vida de Magnini após deixar as piscinas foi bastante agitada. Primeiro ele levou uma suspensão de quatro anos por doping em novembro de 2018 após ter sido acusado de uso, distribuição e facilitação de substância proibida. Ele foi inocentado das acusações de distribuição e facilitação, mas foi condenado por uso de substância proibida, mesmo sem ter sido testado. Em fevereiro deste ano ele foi inocentado pelo TAS/CAS e sua pena foi anulada o deixando livre para tentar retornar a natação.
Em setembro nasceu sua primeira, Mia, o que lhe deu mais motivação e incentivo para tentar um lugar na equipe italiana que irá aos Jogos Olímpicos de Tóquio ano que vem. Se conseguir se classificar, Magnini chegará a marca de cinco Olimpíadas (lembrando que ele foi medalhista de bronze com o 4x200m livre em Atenas-2004). Porém, a concorrência promete ser dura afinal nomes como Alessandro Miressi, Santo Condorelli e Luca Dotto são fortes adversários e estão entre os principais velocistas da atualidade.