Michael Phelps é o maior atleta olímpico de todos os tempos. São 22 medalhas conquistadas, sendo 18 delas de ouro, além de cinco recordes olímpicos cravados por ele que ainda vigoram. Nunca houve um atleta como ele na história dos Jogos Olímpicos, mas há ainda outras duas marcas que o nadador americano pode estabelecer nos Jogos do Rio-2016 caso continue superando limites.
A primeira delas é se tornar o atleta olímpico com mais medalhas individuais na história. Das 22 conquistadas por Phelps 13 delas foram em provas individuais. Basta conquistar apenas mais um pódio no Rio de Janeiro para igualar a ex-ginasta soviética Larisa Latynina. Levando em consideração o retrospecto de Phelps a tarefa parece ser simples, afinal, das 15 vezes em que ele nadou uma prova só não conseguiu subir ao pódio em duas, nos 400m medley em Londres-2012 e em sua estréia olímpica nos 200m borboleta em Sidney-2000.
A segunda marca ele não conseguirá superar, apenas igualar. Em Londres-2012 Phelps tornou-se o primeiro nadador a conquistar um tricampeonato olímpico em eventos masculinos. E fez em dose dupla, nos 200m medley e nos 100m borboleta. Caso se classifique e vença esta duas provas no Rio-2016 ele chegará a um inédito tetracampeonato olímpico consecutivo. Na história apenas dois atletas conseguiram ganhar quatro medalhas de ouro seguidas em eventos individuais: Carl Lewis, no salto em distância entre 1984 e 1996, e Al Oerter, no lançamento de disco entre 1956 e 1968. Os iatistas Paul Elvstrom e Ben Ainsliex também ganharam quatro medalhas de ouro consecutivas, mas em classes de vela diferentes. Se reconsiderar sua aposentadoria definitiva depois dos Jogos do Rio e nadar em Tóquio daqui a quatro anos, ai sim ele pode superá-los e liderar isoladamente mais uma estatística olímpica.
Bob Bowman, técnico de Phelps, já afirmou que seu pupilo deverá focar sua preparação em três provas (100m e 200m borboleta e 200m medley) além de buscar uma vaga nos revezamentos americanos. Devido a seu ótimo desempenho ano passado, quando terminou a temporada como líder do ranking mundial nestas três provas, é muito possível que ele consiga novamente triunfar no Rio de Janeiro e colocar novas medalhas de ouro no pescoço. E consequentemente fará história mais uma vez, escrevendo seu nome como o maior atleta de todos os tempos.
Por Guilherme Freitas