Daqui a nove dias terá início na piscina da Unisul, em Palhoça (SC), as disputas do Torneio Open que será a última competição da temporada 2015 da natação brasileira. Porém, engana-se que pense que esse será apenas mais um evento para cumprir tabela antes das férias de fim de ano chegar. Estará em jogo além de medalhas e títulos nacionais algo muito mais importante: vagas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Desta vez teremos apenas duas seletivas: o Open da semana que vem e o Troféu Maria Lenk em abril do ano que vem. São apenas duas oportunidades para os nadadores integrarem o tão cobiçado time olímpico.
Disputado pela primeira vez em 2005, o Torneio Open será pela terceira vez uma seletiva olímpica. Nas duas vezes anteriores, em 2007 e 2011, assistimos a apenas seis índices para os Jogos de Pequim e Londres, respectivamente. O motivo para tão poucas marcas se dava pelo fato de haverem diversas seletivas ao longo do ciclo olímpico, que começavam muitas vezes com mais de um ano de antecedência para a Olimpíada. Para Pequim os atletas tiveram sete tentativas para se classificar e para Londres o número subiu para nove oportunidades. Mas você se lembra de como foram essas duas edições do Open pré-Jogos Olímpicos? Relembramos abaixo.
Em 2007 a competição foi a quarta das sete seletivas para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Porém o campeonato de encerramento da temporada, disputado na piscina do Esporte Cube Pinheiros, assistiu a apenas um índice olímpico. Um emocionante índice, diga-se de passagem, protagonizado por Rodrigo Castro que venceu os 200m livre com 1min48s50 conseguindo vaga para sua terceira Olimpíada e comemorando demais a conquista. O Open ainda registrou outras grandes marcas como os recordes sul-americanos de Monique Ferreira nos 400m livre (4min13s03) e 200m livre (2min01s10) e de Fabiola Molina e Guilherme Guido nos 50m costas, 28s50 e 25s14, respectivamente.
Quatro anos depois a piscina do Parque Aquático Maria Lenk foi palco do Torneio Open, a sexta das nove seletivas olímpicas para Londres-2012. Diferentemente da edição de 2007, quando tivemos um solitário índice, desta vez saíram cinco marcas para a Olimpíada londrina, com João Luiz Júnior nos 100m peito (1min00s40), Nicolas Oliveira nos 100m livre (48s71), Henrique Rodrigues nos 200m medley (1min59s79), Graciele Herrmann nos 50m livre (25s12) e Joanna Maranhão nos 400m medley (4min40s79).
Desta vez a expectativa é para que um número maior de marcas seja atingido, principalmente pelo fato dos nadadores terem apenas duas chances para fazê-lo. Um vacilo ou uma prova mal nadada neste Open podem dificultar a vida e colocar ainda mais pressão nos candidatos a membros da equipe do Rio-2016 que terão a oportunidade derradeira no Maria Lenk ano que vem. Em Palhoça, além dos índices olímpicos, esperem muita emoção e disputas eletrizantes.
Por Guilherme Freitas
Precisa comprar ingresso pra assistir a competição?