Nascido em Rochester, no estado de Nova York, Ryan Lochte sempre teve uma ligação direta com as piscinas. Filho de professores de natação mudou-se na adolescência para a Flórida onde passou a treinar mais sério. Estudou e nadou pela Universidade da Flórida conquistando diversos títulos e recordes na natação universitária americana e chegou ao time principal dos Estados Unidos em 2003.
Extremamente talentoso e técnico, Lochte tem excelentes fundamentos que o fizeram ser o maior medalhista da história do Campeonato Mundial de piscina curta com 38 medalhas. É também o segundo maior medalhista olímpico da natação com 12 pódios atrás apenas de Michael Phelps. Em Atenas-2004 fez sua estreia em Jogos Olímpicos e conquistou suas primeiras medalhas, com destaque para o ouro com o revezamento 4x200m livre.
Nos anos seguintes passou a ser considerado como um dos melhores do mundo, muitas vezes rivalizando e até superando Phelps nas provas de medley. Entre 2005 e 2008 conquistou 20 medalhas em Mundiais de longa e curta e nos Jogos de Pequim-2008 ganhou seu primeiro ouro olímpico individual nos 200m costas, batendo Aaron Peirsol e superando o recorde mundial da prova.
Lochte viveu a melhor fase da carreira entre 2009 e 2013. Durante este período colecionou pódios e marcas mundiais, sendo o primeiro atleta entre homens e mulheres a estabelecer um recorde mundial após a proibição dos trajes tecnológicos durante o Mundial de piscina curta em 2010. As boas campanhas em grandes evento lhe renderam uma indicação a FINA como o melhor nadador do mundo em 2010, 2011 e 2013.
Nos Jogos de Londres-2012 fez sua melhor campanha olímpica com cinco medalhas (dois ouros, duas pratas e um bronze) com destaque para a vitória nos 400m medley. Porém, nos Jogos do Rio-2016 viveu o pior momento de sua vida ao inventar que havia sido assalto no Rio de Janeiro. Na realidade, ele e outros nadadores vandalizaram o banheiro de um posto de gasolina após uma noitada. O caso ganhou repercussão internacional e Lochte foi processado pela Justiça brasileira. O nadador caiu em desgraça, perdendo patrocínios e sendo suspenso por dez meses pela USA Swimming.
Quase dois anos depois ele teve um novo escândalo ao ser punido em 14 meses por doping após deixar-se fotografar recebendo uma injeção intravenosa, o que é proibido pela WADA ficando de fora do Campeonato Mundial de Gwangju. Agora pai e com a cabeça no lugar busca manter-se motivado para tentar retornar a equipe principal dos Estados Unidos aos Jogos de Tóquio-2020 que podem ser sua quinta e última Olimpíada.