A campeã olímpica e mundial, Sarah Sjöström, contou em detalhes ao site da Federação Internacional de Natação (FINA) como está passando pela fase de recuperação após fraturar o cotovelo mês passado depois de escorregar no gelo. Conhecida pelos seus resultados e seu foco, Sarah teve que se submeter a uma cirurgia no dia 8 de fevereiro e colocou sua participação nos Jogos Olímpicos em cheque. Apesar da operação, ela esta confiante que estará em Tóquio e explicou como está lentamente retomando os treinos e como se mantém motivada.
“Honestamente, a dor foi meu principal problema. No início, não pensei muito nas competições porque estava com muitas dores. Muitas coisas estavam passando pela minha cabeça e eu estava pensando em quanto tempo seria o tempo de recuperação. Meu médico também disse que, de certa forma, essa era uma boa fratura e que a cirurgia não seria muito complicada, mas que eu não seria capaz de nadar por cerca de 12 semanas”, comentou a sueca que afirmou que apenas nas últimas semanas começou a pensar nas competições.
Aos 27 anos, a sueca se recusou a abaixar a cabeça e logo após a cirurgia escreveu em suas redes sociais que uma “guerreira, não se preocupa”. A força mental desempenha um papel crucial no sucesso de cada atleta, especialmente nesses tipos de circunstâncias. Resiliência e automotivação são fundamentais e é o que não falta para a atleta. “Eu só posso tentar fazer funcionar. Tenho até mesmo que pensar que às vezes um grande desafio como esse pode me tornar ainda mais forte. Tento ver isso como um desafio que tenho que vencer. Quem sabe, talvez volte ainda mais forte depois desse desafio”, comentou.
A nadadora está fazendo um grande progresso em sua reabilitação e permanece focada em recuperar a mobilidade total de seu braço. “Nas primeiras três semanas, não consegui ficar na água por causa dos pontos. Ele precisava sarar e eu precisava removê-los antes de poder voltar para a água, mas desde então, não tenho permissão para usar meu braço direito até que esteja totalmente reparado. A fratura precisa primeiro cicatrizar”, explicou.
Sempre tentando ver o lado positivo de cada situação, Sarah acrescenta: “Trabalho muito com meu fisioterapeuta na reabilitação para tentar obter uma melhor mobilidade no braço, mas não consigo fazer nenhum tipo de levantamento de peso. Na verdade, não consigo fazer quase nada com meu braço. É o único tipo de treinamento que posso fazer. Caso contrário, posso realmente nadar com meu braço esquerdo e posso usar minhas pernas, então não é tão ruim”, diz.
Com tudo isso em mente, Sarah é realista e, estabelece pequenas metas para si mesma todos os dias após a cirurgia para evitar se sentir sobrecarregada. “No início do ano, minha meta eram três medalhas em Tóquio. Agora estou apenas tentando dar pequenos passos. Não posso definir metas enormes agora, não seria realista no momento. O primeiro objetivo é tocar minha cabeça novamente. E o próximo objetivo é que a fratura cicatrize. Estou levando tudo passo a passo, um pequeno progresso a cada dia. As metas estão um pouco mais baixas agora do que há quatro semanas”, afirmou.
Apesar da incerteza do futuro ela está ansiosa para a próxima temporada e mal pode esperar para competir novamente. “Espero que no próximo ano seja uma temporada melhor porque muitas competições foram adiadas. Ainda não sei como será a programação para o ano que vem, mas espero nadar muito mais. Minha participação no Campeonato Mundial de piscina curta de Abu Dhabi está absolutamente certa se a pandemia de COVID-19 acabar e espero poder estar lá”, finalizou.