Mais um dia eletrizante no Centro Aquático de Tóquio, recheado de boas performances e histórias. Tivemos Maggue MacNeil unificando seus títulos, Adam Peaty conquistando o biolímpico, um duelo de tirar o fôlego entre Ariarne Titmus e Katie Ledecky nos 400m livre, Fernando Scheffer na final dos 200m livre e uma prova forte de revezamento 4x100m livre masculino que terminou com mais uma vitória americana e um fraco desempenho do time brasileiro. Confira abaixo os destaques do dia.

100m borboleta feminino
A canadense Maggie MacNeil unificou o título mundial com o título olímpico ao vencer a final dos 100m borboleta. Com uma volta fortíssima (saiu da sétima para a liderança) ela bateu na frente com 55s59, estabelecendo um novo recorde nacional e novo recorde do continente americano. Ao seu lado no pódio estavam a chinesa Yufei Zhang com 55s64 e a australiana Emma Mckeon com 55s72. Mais uma campeã do Rio-2016 não conseguiu defender sua coroa, neste caso a sueca Sarah Sjöström que foi apenas a sétima colocada com 56s91.

200m livre masculino
Fernando Scheffer esta na final. O brasileiro fez uma prova bastante agressiva, liderando até os 150 metros e aguentando o ataque dos adversários para chegar em terceiro lugar com o tempo de 1min45s71. A série seguinte foi forte, mas o suficiente para classificar o brasileiro em oitavo e que amanhã nada sua primeira final olímpica na raia 8. O melhor tempo foi do britânico Duncan Scott com o tempo de 1min44s60. A final terá nomes de peso como Danas Rapysis Martin Malyutin e o romeno David Popovici.

100m peito feminino
Será que a hegemonia de Lilly King vai terminar em Tóquio? Se depender da sul-africana Tatjana Schoenmaker ela termina amanha a noite. De novo a nadadora da África do Sul foi dominante e não deu chance para a concorrência. Na final ela sai na raia 4 com 1min05s07, mas com o recorde olímpico desta manhã (1min04s82) na bagagem. King esta balizada na segunda colocação com 1min05s40 e traz com ela sua compatriota Lydia Jacoby com 1min05s72 na terceira colocação.

100m peito masculino
Adam Peaty segue imbatível. O britânico foi dominante desde as eliminatórias até a finalíssima e venceu sem tomar conhecimento da concorrência com 57s37, o único abaixo dos 58 segundos. Peaty mostrou muita confiança e estava bastante emocionado no pódio após conquistar o bicampeonato nesta prova que domina desde 2014. O pódio teve ainda o neerlandês Arno Kamminga que por pouco não voltou a nadar para 57 segundos e fechou sua prova com 58s00. Em terceiro chegou o italiano Nicolo Martinenghi com 58s33.

400m livre feminino
Uma prova para entrar para a história. De um lado Katie Ledecky e do outro Ariarne Titmus. A superestrela americana começou na frente e chegou a abrir uma vantagem nos primeiros 100 metros, porém, a cada piscina Titmus ia diminuindo a distância, até emparelhar com Ledecky na virada dos 300 metros. A partir dai foi cada uma marcando a outra e buscando não perder o controle, mas na altura dos 350 metros a australiana já estava na frente e conseguiu sustentar a vantagem para uma incrível medalha de ouro. Titmus venceu com 3min56s69, novo recorde da Oceania, contra 3min57s36 da americana. O bronze ficou com a chinesa Li Bingjie com 4min01s08, marca que também foi recorde asiático.

100m costas masculino
Esta foi uma semifinal muito forte e mostrou que a prova esta aberta. Kliment Kolesnikov havia sobrado na eliminatória, mas na semifinal quem nadou melhor foi Ryan Murphy, que reagiu e mostrou que esta no páreo. O atual campeão olímpico passou a final com o melhor tempo de 52s24 e superou o russo por cinco centésimos. O duelo deve ser entre eles pelo ouro, mas outros nomes como Thomas Ceccon, Xiayu Xu e Mitch Larkin também sonham com esta medalha. Guilherme Guido também esteve na eliminatória, mas com 53s80 terminou apenas na 15ª colocação.

100m costas feminino
De novo o recorde olímpico foi para o espaço. Após três quebras nas eliminatórias, dessa vez ele só caiu uma vez com Regan Smith que marcou 57s86 e passou para a final na frente. A americana sabe que não pode relaxar porque a concorrência será pesada com a canadense Kyle Masse (58s09) e a australiana Kaylee McKeown (58s11) estão na sua cola na busca pela medalha de ouro. Uma final eletrizante e imprevisível.

4x100m livre masculino
Uma grande prova, cheia de boas histórias. Esse foi o 4x100m livre de Tóquio que coroou mais uma vez o time americano. O Brasil não foi bem e fez sua pior performance em muitos anos. Com 3min13s41 o time sempre nadou na oitava e última colocação, distante de todos os demais adversários. As parciais dos brasileiros foram altas com 48s69 para Breno Correia, 48s24 para Pedro Spajari, 48s76 para Gabriel Santos e 47s72 para Marcelo Chierighini. Um desempenho bem abaixo do esperado e decepcionante. O ouro foi para o time americano que teve como destaque a primeira parcial de Caeleb Dressel com 47s26, fundamental para a vitória dos Estados Unidos com 3min08s97. A prata foi para o equilibrado revezamento italiano que com todos nadando na casa dos 47 segundos marcou 3min10s11. Já o bronze foi para a Austrália graças a gigante performance de Kyle Chalmers que com um parcial de 46s44 levou os aussies do sexto para o terceiro lugar com 3min10s22. Menção honrosa para o time canadense que foi quarto colocado com uma performance histórica de Brent Hayden com 47s99.
Confira todos os resultados do dia clicando aqui.