3 de setembro de 2022, há 50 anos, o 3 de setembro caiu num domingo. Era o penúltimo dia da natação nos Jogos Olímpicos de Munique e alguns rumores circulavam que Mark Spitz poderia sair da final dos 100m nado livre. Ele acumulava cinco medalhas de ouro em cinco provas e todas com recordes mundiais, e sabendo que o revezamento 4x100m medley no último dia seria medalha de ouro certa, o risco estava nos 100m livre.
Entre as provas com recordes mundiais, os 100m livre era onde Mark Spitz tinha menos marcas. Havia batido “apenas duas vezes”, a última na seletiva olímpica no mês anterior com 51s47. Isso, somado ao fato de ter sido bronze na Olimpíada de 68 nesta prova e o risco de ser batido gerou muita expectativa para uma possível desistência.
No dia anterior da final olímpica, Spitz nadou as eliminatórias (52s46) e semifinal (52s43) e nas duas vezes foi batido pelo compatriota Jerry Heidenreich (52s38 e 52s31). Tudo não passou de rumor, e as 18h45, horário marcado para a final dos 100m nado livre no Olympia Schwimmhalle, Spitz estava na raia 5, ao lado de Heidenreich que nadou na 4.

Mais veloz, Spitz decidiu passar forte e abriu uma boa vantagem que Heidenreich, até tentou, mas não conseguiu recuperar. No final, Mark Spitz campeão e olímpico e mais um recorde mundial 51s22. Heidenreich chegou em segundo com 51s65.
Era a sexta vitória, o sexto recorde mundial e sabendo que o que viria no dia seguinte, Mark Spitz apenas aumentava a epopeia da sua fantástica performance em Munique.