Isso é um “defeito” meu, talvez por ter sido treinador, e ver com os olhos que identificam trabalho e perspectiva.
Nosso medalhista Fernando Scheffer ainda sofre, preocupa muito, o 14o lugar do TYR Pro Swim Series de hoje (1:49.48) segue um tanto longe do nadador que todos nós vibramos sendo bronze na Olimpíada de Tóquio e batendo o recorde sul-americano (1:44.66).
Porém, quero apontar um progresso nos seus parciais. Sigo com a tese de que o problema de Scheffer não é só a natação, mas o seu lado emocional e principalmente a sua dificuldade em manter a técnica no final de prova. No Mundial, ele abriu o 4x200m livre para 1:49.05 e fechou com 28.88.
Hoje, no TYR Pro Swim Series, nadou na eliminatória 1:49.62 e fechou 28.13. Na final, ficou em 14o lugar 1:49.48 e fechou 27.71.
É pouco, é, mas num processo como este é evolução e há progresso. Scheffer precisa acreditar nele, precisa acreditar no trabalho de Fernando Possenti e voltar a ser aquele nadador que todos nós sabemos que ele é.
Faltam 60 dias para a Seletiva Olímpica.
Depois do que aconteceu no 4×200 no mundial, ele, pra mim, não pode fazer parte da nossa equipe de revezamento. Temos que ter outro nadador para colocar no lugar dele. Não podemos arriscar ficar fora das olimpíadas pela inconstância dele.