O nadador chinês Sun Yang recebeu uma punição de oito anos do CAS/TAS, a corte suprema do esporte, e recorreu da decisão. A estrela chinesa apelou formalmente de sua suspensão ao Tribunal Federal Suíço, segundo o jornal “The Australian“. Ele interpôs seu recurso no dia 29 de abril, um dia antes do prazo final.
No dia 28 de fevereiro foi determinada a suspensão por oito anos do fundista devido ao fato dele ter destruído amostras da coleta do seu exame de sangue e se recusado ao fazer o teste de urina. O tribunal recusou a decisão do painel de doping da FINA e em circunstâncias normais, os recursos venceriam em 30 dias. Porém, em meio à pandemia de coronavírus o prazo foi prolongado.
Após o anúncio da proibição de oito anos, o chinês e seus advogados prometeram recorrer da decisão. Alegaram que a audiência de 11 horas foi marcada por grandes problemas de tradução. “Isso é injusto. Eu acredito firmemente na minha inocência. Definitivamente vou apelar para que mais pessoas saibam a verdade”, disse Sun à Xinhua News na época.
De acordo com o site do CAS, um recurso é “permitido por um número muito limitado de motivos, como falta de jurisdição, violação de regras processuais elementares (por exemplo, violação do direito a uma audiência justa) ou incompatibilidade com a política pública”. O apelo de Yang, portanto, não seria para reivindicar sua inocência, mas sim para argumentar que havia um problema com o procedimento de audiência.
É pouco provável que sua proibição possa ser reduzida de oito anos para apenas um ano, o que daria tempo de mais uma participação Olímpica, principalmente por ele ser reincidente. Mas apelar ao Tribunal Federal Suíço pode não ser a única opção do chinês. As novas regras da WADA devem entrar em vigor em 1º de janeiro de 2021 e podem criar uma brecha para que ele apele novamente para a FINA por uma proibição reduzida.