Na última semana entrou no catálogo da Netflix o filme “The Swimmers” (As nadadoras em português), longa que conta a história das irmãs sírias Yusra e Sarah Mardini, refugiadas que ficaram conhecidas mundialmente em 2015 ao puxarem a nado um bote em pleno Mar Egeu durante sua fuga da guerra civil em sua terra natal. O longa, dirigido por Sally El Hosaini e estrelado pelas irmãs franco-libanesas Nathalie Issa e Manal Issa, narra a trajetória das irmãs desde a infância até os Jogos Olímpicos do Rio-2016, quando Yusra fez parte da Equipe Olímpica de Refugiados.
As irmãs eram nadadoras na infância, mas foram afetadas pela Guerra Civil Síria que começou em 2011. Após terem sua casa bombardeada elas decidem fugir em busca de asilo em outro país. Para isso precisam fazer a dura travessia do Mar Egeu até chegar a Europa em busca de refúgio. O longa também foca na parte esportiva, já que após conseguir um visto de refúgio Yusra passa a treinar e competir visando disputar os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Para quem ainda não assistiu veja o trailer abaixo.
Além de nadar os Jogos do Rio-2016, Yusra também esteve novamente na Equipe Olímpica de Refugiados nos Jogos de Tóquio e disputou os Campeonatos Mundiais de Budapeste-2017, Gwangju-2019 e Budapeste-2022 também como atleta refugiada em ação da Federação Internacional de Natação (FINA) apoiada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Radicada na Alemanha, Yusra segue treinando e competindo. Ela também é embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e participa de diversas ações pelo mundo pela causa do refúgio. Já Sarah deixou a natação competitiva após uma lesão e atualmente atua como ativista de causas humanitárias em favor dos refugiados.
Atualmente existem mais de 100 milhões de pessoas em situação de deslocamento forçado pelo mundo sendo o último relatório anual do ACNUR. A maioria desses deslocados estão dentro das fronteiras do próprio país e precisam fugir de suas casas por motivos de perseguição ou desastres naturais. Para obter mais informações sobre as questão de refúgio acesse a página do ACNUR no Brasil clicando aqui.
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