A vida de atleta não é algo fácil. São anos de dedicação, treinamento duro e sacrifícios em busca da excelência e do melhor resultado. Para chegar ao ápice é necessário dedicação exclusiva e para isso o atleta precisa manter-se focado. Por isso, viver do esporte é algo que poucos conseguem, já que muitos precisam dividir o tempo com outras atividades de trabalho.
Pensando nisso foi criado em 2005 na gestão do ex-presidente Lula, o Bolsa Atleta. Na época o Ministério dos Esportes era o órgão responsável por cuidar do projeto, mas com o encerramento do ministério pelo atual governo ele passou a ser executado pelo Ministério da Cidadania a partir de 2019.

Essa iniciativa tem como principal objetivo prover uma fonte para os atletas utilizarem em suas preparações e treinamentos. Os atletas recebem valores mensais do benefício e renovam o vínculo a cada temporada após uma avaliação do Ministério. Desde 2005 os principais nomes do esporte olímpico e paralímpico do Brasil foram contemplados ao longo de suas carreiras com o benefício.
Atualmente existem seis categorias do Bolsa Atleta que contemplam atletas e paraatletas de diferentes níveis técnicos. As categorias existentes são a de atleta de base que paga R$ 370; a estudantil que também paga R$ 370; a de atleta nacional com valor de R$ 925; a de atleta internacional que paga R$ 1.850; a de atleta olímpico/paralímpico com valor de R$ 3.100 e a categoria pódio para os principais atletas do país com valores que vão de R$ 5 mil a R$ 15 mil.

Além do Bolsa Atleta do Governo Federal também existem bolsas promovidas por outros órgãos, caso de bolsas estaduais e municipais, que são administradas pelas respectivas Secretarias de Cultura, Juventude, Esporte e Lazer. Essas bolsas também têm suas particularidades e beneficiam atletas de modalidades não-olímpicas e estudantes da rede pública.
Na natação e nas águas abertas, por exemplo, todos os medalhistas olímpicos desde o início do projeto em 2005 receberam em algum momento da carreira o Bolsa Atleta. É o caso de Cesar Cielo, Thiago Pereira, Poliana Okimoto, Fernando Scheffer, Bruno Fratus e Ana Marcela Cunha.

Inclusive, na natação para estar apto a receber o Bolsa Atleta é necessário ser medalhista em algum campeonato nacional (a partir do infantil 2) em provas individuais e de revezamento, mas isso não serve para todas as categorias e podem variar de acordo com rankings e critérios do Ministério. Provas não-olímpicas também valem para pleitear a bolsa e entram nos critérios para medalhistas de campeonato absoluto, por exemplo, que podem pleitear a bolsa na categoria nacional ou ainda medalhistas em eventos internacionais indicados no edital. Já nas águas abertas apenas na distância olímpica de 10 km é possível pleitear a bolsa.
Para poder concorrer ao benefício os atletas precisam estar atentos ao edital lançado anualmente pelo Ministério da Cidadania que não tem um período específico para ser divulgado, além de enviar a documentação necessária dentro do prazo. Atualmente existem algumas empresas que auxiliam os atletas nesse processo, como é o caso da MN Gestão Esportiva que atua diretamente neste setor.

“A empresa foi criada por mim diante da ausência de suporte adequado para o desenvolvimento da carreira do atleta desde a obtenção de recursos públicos até o planejamento para a transição para o que chamamos de pós-carreira atlética que é o momento onde o atleta se aposenta e inicia uma nova jornada”, conta Maressa Nogueira, responsável da empresa e técnica de natação.
Ela ainda reforça que a empresa foi identificada com a marca DNA USP, assim como a Nubank, Gimpass, 99 e Buscapé, por ser uma empresa inovadora e construída a partir de conhecimentos gerados dentro da própria Universidade durante os estudos de Mestrado e Doutorado que tem como objeto de estudo a carreira do atleta, desde a detecção de talentos até a transição para uma nova carreira.





































Obrigada pela matéria, esclarecedora e em tempo.
Muito boa sua explicação mas preciso saber mais sobre a bolsa atleta gratidão