A natação dos Jogos Pan-Americanos de Toronto começou com tudo. Provas com muita disputa, recheadas de emoção e com bom nível técnico. O Brasil começou bem a competição estando em nove das dez finais possíveis e terminando o dia com cinco medalhas. Uma dessas medalhas era até cotada antes do evento, mas devido a concorrência e por não ser a especialidade da atleta não era considerada uma certeza. Mas a medalha veio na cor de bronze, que por muito pouco não foi prata, com Joanna Maranhão nos 200m borboleta.
Depois de uma eliminatória tranquila onde fez o necessário para se classificar, a nadadora pernambucana entrou para a final para brigar por um lugar no pódio. Enquanto a canadense Audrey Lacroix disparava na liderança, Joanna fazia uma prova estratégica e guardava forças para os metros finais. Na virada dos 150 metros ela já estava na terceira colocação e foi se aproximando da americana Katherine Mills e por apenas sete centésimos não a ultrapassou. O resultado foi comemorado, afinal Joanna bateu o recorde sul-americano da prova com 2min09s38. Um bronze que por muito pouco não foi prata, e que pode motivá-la a subir novamente no pódio de Toronto.
No começo de 2014 Joanna afirmou que deixaria a natação competitiva, afirmando que era hora de cuidar de outros assuntos e que se sentia realizada pela carreira que teve. Porém, meses depois mudou de ideia e voltou aos treinos e competições. No Torneio Open de 2014, sua primeira grande competição nacional, ela foi um dos destaques com múltiplas medalhas, feito que repetiu também no Troféu Maria Lenk deste ano, onde ficou muito perto de bater o recorde nacional dos 400m medley e também ajudou o 4x200m livre do Pinheiros a superar a marca sul-americana.
Joanna nadará mais três provas individuais onde há boas chances de subir ao pódio, nos 200m costas e 200m e 400m medley, e também vai integrar o bom revezamento 4x200m livre. Ou seja, ela tem a chance de conquistar mais três medalhas e se tornar a nadadora brasileira com mais pódios na história. Com o bronze de hoje ela chegou a seis medalhas, se aproximando de Tatiana Lemos que lidera o ranking com oito conquistas.
Mais medalhas
Se na versão feminina o Brasil levou bronze, no masculino foi ouro. Leonardo de Deus confirmou seu favoritismo e venceu a prova com 1min55s01. O tempo foi o melhor de sua carreira e o deixou bem motivado para o Mundial de Kazan. Durante a prova ele travou um acirrado duelo contra Mauricio Fiol e venceu o peruano na batida de mão. Com isso, Leo sagrou-se bicampeão pan-americano da prova.
Ouro também rolou para o revezamento 4x100m livre masculino e com novo recorde de campeonato: 3min13s66. A equipe formada por Matheus Santana, João de Lucca, Bruno Fratus e Marcelo Chierighini manteve a hegemonia do país que vence esta prova desde o Pan de Winnipeg-1999. O resultado deu ainda a 19ª medalha em Pans para Thiago Pereira, que nadou as eliminatórias. Agora ele empata com Gustavo Borges e ambos são os maiores medalhistas do país. O Brasil ainda teve outras duas medalhas de bronze, com Marcelo Chierighini nos 100m livre e com o revezamento 4x100m livre feminino, em uma atuação sensacional do quarteto Larissa Oliveira, Graciele Herrmann, Etiene Medeiros e Daynara de Paula.
O segundo dia de provas dos Jogos Pan-Americanos terá as provas de 200m livre, 200m peito, 200m costas e o revezamento 4x200m livre, todas com versões feminino e masculino. Eliminatórias começam as 11h e as finais as 20h, horário de Brasília.