A equipe da natação paralímpica brasileira realizou na última semana, sessões de treinos com tomada de tempo nas piscinas do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O objetivo da atividade foi proporcionar um ritmo similar ao das competições que acontecerão no ano que vem, entre elas a mais importante: os Jogos Paralímpicos de Tóquio.
De olho na Paralimpíada, os principais atletas da seleção, cerca de 20, foram divididos em quatro blocos de largada, com intervalos de até uma hora entre um e outro. A atividade obedeceu aos protocolos de segurança do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que tem submetido atletas e treinadores a testes de PCR e sorologia com frequência, além de outras medidas de prevenção, como áreas específicas de circulação e normas de distanciamento durante a permanência no CT.
As provas contaram com a presença de árbitro, placar eletrônico e treinadores. Uma equipe de filmagem para avaliação biomecânica, preparadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas, também participaram da atividade para observar o desempenho dos atletas.

“Este tipo de atividade é importante para os atletas terem essa sensação de competição e servir de parâmetro para o trabalho que vamos começar visando a seletiva para os Jogos Paralímpicos. Por isso, buscamos ao máximo trazer um cenário de competição para esses treinos”, afirmou Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação paralímpica brasileira.
Entre os atletas, estiveram presentes Daniel Dias (classe S5), maior medalhista brasileiro em Jogos Paralímpicos com 24 medalhas, Edênia Garcia (classe S3), medalhista paralímpica e tetracampeã mundial, Carol Santiago (classe S12), campeã mundial e parapan-americana, entre outros.
“Diante do momento de pandemia que ainda estamos vivendo, eventos deste tipo são de suma importância para o nosso desenvolvimento. Estamos há quase um ano sem disputar uma competição oficial. Então, sentir a adrenalina e emoção de competir novamente é muito importante para motivar e relembrar porque treinamos todos os dias”, apontou Ruiter Silva da classe S9 e medalhista com o revezamento nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016.

“Devido à pandemia ficamos muito tempo sem competir. Esta oportunidade de fazer essa tomada de tempo vai proporcionar para nós, atletas, e comissão técnica analisar em qual estágio que estamos, avaliar cada trecho das provas, e verificar o que podemos melhorar nos próximos períodos de treino”, completou Carol Santiago.
Atualmente, cerca de 50 atletas de atletismo, natação e tênis de mesa frequentam o CT Paralímpico diariamente para a realização dos treinamentos. Apenas essas modalidades foram autorizadas a retornar às atividades porque possuem o centro de excelência no próprio local.
Além disso, o CT Paralímpico tem permanecido com as demais atividades, calendário de competições e outros treinamentos suspensos por tempo indeterminado. Funcionários e demais profissionais que atuam no local diariamente continuam em isolamento ou em trabalho home office.




































