A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) por meio do seu Conselho de Ética e Integridade criou um canal de comunicação exclusivo para denúncias de assédio sexual nos esportes aquáticos. A criação deste canal faz parte de uma série de ações do Conselho de Ética da CBDA para manter os esportes aquáticos sem assédio e dentro do “Olimpismo”. O canal de comunicação de denúncias é destinado aos praticantes, treinadores e dirigentes das cinco modalidades aquáticas do Brasil.
“Toda entidade que preza por seus filiados e participantes deveria ter um canal sigiloso para denúncias e controle de práticas que não sejam condizentes com a ética e a moral. No esporte, isso parece ainda mais necessário, tendo em vista todas as diretrizes previstas pelo “Olimpismo”. Na qualidade de presidente do Conselho, posso afirmar que estou imbuído e posso confirmar que temos entre os membros pessoas que são muito capacitadas para este desafio”, falou Eduardo Fischer, presidente do Comitê de Ética da CBDA e atleta olímpico.
Todas as denúncias devem ser enviadas para o e-mail assedio@cbda.org.br e a identidade do denunciante estará sempre em sigilo, preservando a segurança e a moral de todos os envolvidos. O Comitê Feminino da Natação Brasileira, que possui em seu Instagram um canal para relato de assédio sexual totalmente anônimo (clique aqui para ver), elogiou ação da CBDA.
Com o novo canal de comunicação de denúncias exclusivo para assédio sexual criado pela CBDA, os casos serão imediatamente repassados à vice-presidente do Conselho, Mariana Brochado, que será a acolhedora dos processos e os distribuirão dentro do Conselho de Ética para que se escolha um relator. Depois, irão se escutar as partes e em seguida o relator promove a análise de todas as provas enviadas.
“A gente sabe que é um assunto delicado e que vem ganhando força nos últimos anos. Queremos ressaltar que as vítimas não precisam ter medo de denunciar. Quando uma fala, tem uma importância muito grande para que outras tenham a coragem de expor o que realmente está acontecendo. O canal é sigiloso e nós vamos tratar com o maior cuidado para que a gente tome as devidas providências”, disse Mariana.
Após está análise, caso seja comprovada a veracidade dos fatos, o relator sugere o enquadramento ao Código de Ética e aplica uma das sanções previstas para que os demais membros do Conselho possam votar contra ou a favor. Por fim, com a decisão de todos os membros, certifica-se que as medidas disciplinares serão cumpridas, cabendo recurso.