No próximo dia 7 de novembro a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) irá eleger um novo presidente e vice-presidente para o próximo ciclo olímpico (2024-2028). O atual presidente Luiz Fernando Coelho não irá concorrer a reeleição e apoiará Diego Albuquerque, atual presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), ao cargo. Seu vice será Marcelo Falcão, atual presidente da Federação Aquática Pernambucana (FAP). A chapa de oposição será composta por Renato Cordani, atual vice-presidente da CBDA, e pela medalhista olímpica Poliana Okimoto.
Pensando nisso, a SWIM CHANNEL preparou um questionário com algumas perguntas sobre os planos, propostas e ideias que ambas as candidaturas planejam executar durante seus mandatos. O mesmo questionário foi enviado para ambos os candidatos que responderam as questões a seguir. Vale citar que nenhuma das respostas enviadas pelos candidatos foi editada, porém, foi colocado um limite de caracteres. O material esta sendo publicado hoje, 28 de outubro, no mesmo horário da entrevista com a outra chapa e no dia seguinte ao prazo final do registro de chapas.
Neste texto, apresentamos a entrevista com a Chapa Inovação encabeçada pelo candidato Diego Albuquerque. Confira:
SWIM CHANNEL: Quais são as principais propostas de sua candidatura visando a natação de base do Brasil? Existe alguma possibilidade de novos eventos nacionais para nadadores jovens? Ou algum programa de apoio, mais training camps, etc?
(Resposta máxima 12 linhas)
CHAPA INOVAÇÃO: Existem alguns pontos de imediato para desenvolvimento da Natação de Base. Uma nova configuração dos Conselhos Técnicos será adotada, e isso inclui uma participação mais próxima entre o Conselho de Alto Rendimento e o de Base, para que tenhamos processos avaliação contínua. Acrescentar novos eventos não seria uma prioridade para o próximo ano, haja visto o extenso calendário de competições, que torna dispendioso para clubes e pais de atletas. Mas é possível qualificar, e trazer mais visibilidade. Pra isso uma nova gestão de Marketing, muito mais moderna, vem com um dos objetivos de tornar a CBDA e suas ações mais conectadas com as novas gerações. Programas de apoio serão reforçados. Os training camps regionais serão promovidos, com ampliação do número de atletas e maior intercâmbio de treinadores, com discussões presenciais pelo menos 02 vezes ao ano.
SWIM CHANNEL: A campanha dos esportes aquáticos em Paris-2024 não foi boa. Após três medalhas em Tóquio, o Brasil voltou sem medalhas e teve ainda um desempenho inferior no número de finais em comparação as últimas edições olímpicas. Quais lições e sua equipe tiram desta campanha? O que é possível de ser feito melhorado para este próximo ciclo olímpico na opinião do senhor?
(Resposta máxima 8 linhas)
CHAPA INOVAÇÃO: Entre os principais aprendizados, há necessidade de um planejamento mais detalhado pensando no longo prazo, com monitoramento e avaliação constantes dos programas de treinamento. É importante integrar mais tecnologia na análise de desempenho e ajustar os treinos de forma mais individualizada. Para 2028, priorizaremos o fortalecimento da base, capacitação contínua dos treinadores, desenvolvimento do código de conduta para atletas, treinadores e staffs, além de intercâmbios e um foco na saúde mental e na criação de um ambiente seguro.
SWIM CHANNEL: Em um país continental como o Brasil, os esportes aquáticos ainda estão concentrados em poucos estados das regiões sul e sudeste. O senhor e a sua equipe pensam em algum projeto para a expandir os esportes aquáticos pelo país? Existe em sua candidatura a realização de novas competições regionais ou maior investimento/ajuda para as federações estaduais e clubes das demais regiões?
(Resposta máxima 12 linhas)
CHAPA INOVAÇÃO: Falamos com muita propriedade, uma vez que tanto eu na Bahia, como Marcelo em Pernambuco enfrentamos essa realidade. Aqui, por exemplo, triplicamos o número de atletas no último ciclo, implementamos escolinhas de polo aquático e nado artístico com 400 atletas, num local que tinha 0 de atletas de base. Sou defensor ferrenho da expansão por TODAS as regiões do Brasil, porque como atleta senti esse fardo. Hoje existe um horizonte de possibilidades com ações que já vem dando certo em alguns locais, e só quem já trilhou o caminho das pedras pode guiar. O que a gente quer é dar estrutura para as federações e clubes implementarem este modelo de gestão. Não dá pra ignorar, por exemplo, a força que o Norte tem em revelar talentos. O que falta é incentivo e reconhecimento de quem tá na ponta. E isso não é só criar novas competições, mas sim, potencializar as existentes e gerar valor às federações.
SWIM CHANNEL: Referente as demais modalidades, existem muitas carências e poucos praticantes no país. O que sua gestão planeja fazer referente a estas questões? Quais seriam os principais projetos para aumentar o número de atletas e ampliar a difusão desses esportes no país?
(Resposta máxima 12 linhas)
CHAPA INOVAÇÃO: Como disse na resposta anterior, é necessário expandir os esportes por todo Brasil. Das demais modalidades, talvez os Saltos enfrente uma dificuldade estrutural maior devido a poucos locais com caixas, mas nem por isso impossível. Nesse caso, primeiro mapear os locais que tem condições e aproveitar o projeto do Saltos Brasil. Já para o Nado e Polo as possibilidades são enormes; Desde levar campeonatos para outros estados fora do eixo, como promover clinicas de formação de atletas e treinadores. As federações também terão acesso a materiais de iniciação e suporte do setor de projetos da CBDA para desenvolver escolinhas das modalidades. Pensamos também no projeto Atleta Anjo que pode alavancar o desenvolvimento em demais regiões. Sem descartar também um projeto próprio, que será desenvolvido para inserir essas modalidades nas escolas, e futuramente retornarem ao JEBs.
Abaixo um pequeno currículo dos candidatos a presidente e vice da CBDA.
CHAPA INOVAÇÃO
Candidato a presidente: Diego Rocha Dias de Albuquerque
Graduado em Comunicação Social com Publicidade e Propaganda e em Marketing pela Faculdade Metropolitana Polifucs. Especialização em CAGE (Curso Avançado em Gestão Esportiva) pelo Instituto Olímpico – COB e com certificação do COI. Presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos desde 2017.
Candidato a vice-presidente: Marcelo Caldas Falcão
Licenciatura em Educação Física e Técnico Esportivo pela Universidade Federal de Pernambuco. Árbitro internacional de natação da World Aquatics desde 2003. Diretor de arbitragem da CBDA entre 2019 a 2020. Presidente da Federação Aquática Pernambucana entre 1991 a 1996 e entre 2018 a 2024.
Plataforma de governo da Chapa Inovação. Clique aqui para ler: https://swimchannel.net/br/wp-content/uploads/2024/10/GESTAO-chapa-1-1.pdf.
Competência, transparência e com receitas testadas nas federações de origem. Os resultados falam por se.