A natação não é um esporte popular no continente africano. Com exceção da África do Sul que soma 18 medalhas olímpicas (seis delas de ouro), os demais países contam poucos nadadores de expressões e atletas históricos como Kirsty Coventry do Zimbábue e Oussama Mellouli da Tunísia. Porém, existe um nome em ascensão no continente e no cenário internacional: Farida Osman. Nascida em Indianapolis, nos Estados Unidos, ela representa o Egito e é hoje uma das estrelas do esporte do país e esta bastante ansiosa para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Na semana passada ela disputou um evento chamado International Swim Coaches Association nos Estados Unidos e conseguiu nadar os 100m borboleta em 57s84. O tempo é abaixo do índice A da FINA e com isso ela garantiu sua classificação para os Jogos de Tóquio. “Mal posso esperar para representar o Egito em minha terceira Olimpíada neste verão. Obrigado a todos por seu apoio contínuo”, disse a Farida conforme notícia do jornal egípcio Egyptian Streets.
Essa será a terceira Olimpíada de Farida que no Rio-2016 foi semifinalista nos 100m borboleta quando bateu o recorde africano com 58s26. Em Londres-2012, quando tinha apenas 17 anos, nadou apenas os 50m livre parando nas eliminatórias. Nos último dois Campeonatos Mundiais de piscina longa em Budapeste-2017 e Gwangju-2019, ela conseguiu duas medalhas de bronze nos 50m borboleta tornando-se a primeira nadadora egípcia a subir ao pódio em um Mundial da FINA.
Em Tóquio Farida Osman tentará chegar a sua primeira final olímpica. Em Gwangju-2019 ela foi a 17ª colocada no 100m borboleta ficando a apenas dez centésimos das semifinais. Além dos 50m borboleta (25s39), Farida também é a atual recordista africana dos 50m livre com 24s62, ambas as marcas estabelecidas no Mundial de Budapeste em 2017.