Dia 25 de agosto começa a natação dos Jogos Paralímpicos de Tóquio e a SWIM CHANNEL vai trazer para você relatos diários da campanha do Brasil na competição. Para você conhecer um pouco mais deste mundo do esporte paralímpico, abrimos nossa cobertura com o Guia que vai lhe ajudar a compreender melhor e poder prestigiar os nossos representantes do Time Brasil em Tóquio.
A NATAÇÃO PARALÍMPICA
A natação faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos desde a primeira edição em 1960. Na estreia do esporte eram 62 provas, com o incremento de classes, o programa atual contempla 146 provas, sete a menos do que tivemos nos Jogos do Rio-2016.
AS CLASSES
Para deixar o esporte paralímpico mais justo e equilibrado, o sistema de classes foi introduzido e atualizado periodicamente. Todas as classes são antecedidas pela letra S, de swimming , sendo que no medley a letra vira SM, e no nado peito SB (de breaststroke). Os números indicam o grau de deficiência, sendo as deficiências físico-motoras de 1 a 10, as deficiências visuais de 11 a 13, e a deficiência intelectual 14.
OS REVEZAMENTOS
Teremos sete provas de revezamento nos Jogos de Tóquio entre mistos e de sexo separados. Revezamentos são formados por atletas com a soma das suas classes, ou seja, o revezamento de 20 pontos, precisa ter quatro nadadores no qual a soma de suas respectivas classes não passe de 20, da mesma forma para 34 ou 49 pontos. Isso cria um aspecto ainda mais interessante na combinação de classes distintas e alternância de liderança em estratégias montadas pelas equipes nas suas provas.
A TRADIÇÃO DO BRASIL
O Brasil participa da natação paralímpica desde 1968 e no quadro geral de medalhas ocupa a posição 24, somando 85 medalhas, mas o recente retrospecto mostra uma evolução incrível de nossos atletas. Destas 85 medalhas, 52 foram conquistadas nas três últimas Paralimpíadas. No Rio-2016, o Brasil terminou em nono lugar com 19 medalhas, sendo quatro ouros, sete pratas e oito bronzes.
OS MAIORES MEDALHISTAS
A americana Tischa Zorn aposentada desde 2004 é a maior medalhista da história da natação paralímpica somando 54 medalhas sendo 41 de ouro. O brasileiro Daniel Dias que faz em Tóquio sua quarta e última Paralimpíada é o segundo maior medalhista somando 24 medalhas sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Vale destacar que, dos atletas em atividade, apenas Daniel Dias figura no top 20 dos maiores medalhistas paralímpicos da história.
A LIDERANÇA DA CHINA
Vencedora das duas últimas Paralimpíadas, a natação da China ainda venceu três das últimas quatro edições. No Rio-2016, eles tiveram sua melhor campanha somando 92 medalhas, sendo 37 de ouro, 30 de prata e 25 de bronze.
O BRASIL DO RIO 2016 PARA CÁ
Seleção Brasileira Paralímpica teve a aposentadoria de Clodoaldo Silva e André Brasil, ganhou reforços incríveis nas classes baixas, nas provas de deficiência visual e intelectual. O Brasil de 2020 tem menos pressão sobre as estrelas aumentando de forma significativa a gama de possibilidade de medalhas em diferentes classes. Em 2016, o Brasil conquistou 19 medalhas, quatro de ouro, sete de prata e oito de bronze.
OS HORÁRIOS E COMO ACOMPANHAR
Diferente da natação olímpica de Tóquio, a paralímpica terá eliminatórias pela manhã e finais a noite pelo horário local. Assim, as provas eliminatórias deverão ser acompanhadas no Brasil a partir das 21h da noite anterior e as finais as 5h da manhã do dia seguinte. O SporTV está anunciando a transmissão do evento que terá um total de dez dias, de 25 de agosto a 3 de setembro.
O LOCAL
O Centro Aquático de Tóquio, local onde Caeleb Dressel ganhou seus cinco ouros e Fernando Scheffer e Bruno Fratus faturaram seus bronzes é a mesma piscina que receberá as 146 provas, sendo 76 masculinas, 67 femininas e mais três revezamentos mistos.
ALGUNS NOMES PARA FICAR DE OLHO NO BRASIL
Daniel Dias na classe S5
Edênia Garcia na classe S3
Gabriel Bandeira na classe S14
Gabriel Geraldo Araújo na classe S2
Maria Carolina Santiago na classe S12
Wendell Belarmino na classe S11