Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 estão previstos para começar no dia 23 de julho e o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador dos Jogos divulgaram alguns protocolos de saúde bastante rigorosos e restritivos no combate a pandemia do COVID-19.
Em uma entrevista a rede de TV Sky News o australiano John Coates, que também é vice-presidente do COI, comentou um pouco mais sobre os planos para conter os possíveis surtos e riscos com o vírus durante a Olimpíada e Paralimpíada. Entre as medidas apresentadas por Coastes, é recomendável que todos os atletas cheguem pelo menos cinco dias antes de estrear na competição, pois todos terão que passar por testes até 72 horas antes de viajar para o Japão. Para deixar a capital japonesa o prazo será de até 48 horas após a participação do atleta.
Na entrevista, Coates falou que as regras poderão ser ainda mais rígidas. “Os atletas serão testados assim que chegar a Tóquio, ainda no aeroporto, e serão testados a cada quatro dias se continuarem negativos. Ficarão limitados à Vila Olímpica e ao transporte apenas ao local de treino e de competição, sem poderem ir passear pela cidade”, disse o vice-presidente do COI.
Questionado sobre um possível cancelamento da Olimpíada, ele comentou: “Os Jogos estão em andamento desde que decidimos pelo adiamento e eles nunca pararam. Esse boato que os japoneses achavam que vinha de fora do Japão, foi espalhado lá. Chame do que quiser, mas é um boato falso”, afirmou Coates que afirmou novamente que o COI esta absolutamente comprometido com o Tóquio-2020.
Uma espécie de “bolha olímpica” deverá ter suas regras anunciadas no começo de abril, quanto o COI definirá se a Olimpíada contará ou não com a presença de público. “Será uma decisão que tomaremos até abril e pode ser que não teremos espectadores estrangeiros. Devemos prolongar estas decisões o máximo que for possível”, finalizou.
Uma reportagem do jornal britânico The Times disse na semana passada que o governo japonês decidiu privadamente que Tóquio-2020 seria cancelada devido a pandemia. A reportagem foi rapidamente negada pelo governo japonês e pelo COI, mas gerou preocupação entre os atletas.