A campeã olímpica Katie Kedecky deu uma entrevista para o jornal USA Today (leia aqui) comentando sobre seus treinos para a seletiva olímpica americana, que acontecerá em Omaha entre os dias 13 a 20 de junho. A fundista também falou sobre suas expectativas para nadar os 1500m livre, prova que foi adicionada ao programa olímpico e será realizada pela primeira vez em Tóquio-2020.
Em duas participações olímpicas (Londres-2012 e Rio-2016), Ledecky ganhou cinco medalhas de ouro olímpicas e 15 títulos em Campeonatos Mundiais, e agora pretende aumentar sua coleção em Tóquio. “Tenho como objetivo as provas de 200m, 400m, 800m e 1500m livre e adoraria estar no revezamento 4x200m livre também. Mas obviamente, não é uma prova em que nadamos na seletiva”, disse quando questionada sobre seus planos para nadar em junho.
Outro revezamento onde ela pode tentar uma vaga é no 4x100m livre, prova que competiu no Rio-2016 e terminou com a medalha de prata. “Claro que as coisas podem mudar. Eu nadei os 100m livre em Omaha cinco anos atrás e entrei naquele revezamento, então nunca se sabe, posso ajustar as coisas um pouco e tentar de novo, mas os 200m livre é o meu foco”, completou.
Aos 23 anos, a nadadora passou por esses tempos incertos se adaptando aos treinamentos. Formada em psicologia pela Universidade de Stanford com especialização em ciências políticas, ela preencheu o vazio inesperado das Olimpíadas de 2020 com aulas e concluiu seu curso. Por algumas semanas, no auge da paralisação, tentou nadar em duas piscinas diferentes em São Francisco, uma com 25 metros de comprimento e outra menor para não ficar parada.
“Eu nem chamaria isso de treinamento, apenas nadar nas piscinas particulares do quintal das pessoas”, disse na época. Em junho, a Universidade de Stanford reabriu sua piscina externa e Katie voltou aos treinos com seus companheiros de equipe. Ledecky sabe que os Jogos de Tóquio não serão como os outros, mas esta preparada após tantas adversidades.
“Será diferente para todos nós, atletas e também aos treinadores, mídia e demais envolvidos. Tenho certeza de que tudo isso vai parecer e ser diferente, especialmente para aquelas pessoas que já estiveram em Olimpíadas anteriores. Mas agora, estou apenas tentando fazer o máximo possível do que posso para me preparar para as diferentes coisas que podem acontecer, os diferentes protocolos e coisas assim. Estou tentando aprender sobre como isso vai ser para chegar em Tóquio e não ser pego de surpresa por nenhuma dessas coisas”, comentou.
Ledecky disse que, em seu treinamento, ela foi testada para COVID-19 várias vezes por semana e está acostumada ao distanciamento social e a usar máscara, mas disse, que nos Jogos isso vai ser diferente. Questionada sobre os seus maiores medos dessa Olimpíada, ela respondeu: “Realmente não pensei sobre qual seria meu maior medo. Claro que quero que todos continuem saudáveis. Acho que esse seria o meu maior medo de que haja um grande surto ou algo assim nos Jogos”, disse.
“Estou bastante confiante em como Tóquio está administrando isso até agora e espero que continuemos a ouvir mais sobre esses protocolos e exatamente o quanto vamos ser testados, para onde estamos indo para ser testado, como será o local da competição, como será, todos aqueles pequenos detalhes para que possamos estar todos preparados para nos mantermos seguros”, finalizou a principal fundista da atualidade.
O jeito é torcer pra que essa pandemia acabe logo, para que os atletas amadores e profissionais possam treinar e competir!
Ótima matéria