A natação apareceu cedo na vida de Laszlo Cseh. Nascido em Budapeste, ele começou muito jovem no esporte incentivado pelo pai Laszlo Cseh Sr. Seu pai foi membro da seleção húngara de natação e esteve nos Jogos Olímpicos da Cidade do México-1968 e Munique-1972. Treinado na juventude por Gyorgy Turi e Zoltán Nemes, Cseh começou a brilhar ainda adolescente no cenário europeu e em 2003 aos 18 anos disputava seu primeiro Mundial em Barcelona e conquistava a medalha de prata nos 400m medley, atrás apenas de Michael Phelps.
A rivalidade com o americano se acentuou nos próximos anos e ao lado de Phelps, Ryan Lochte e Thiago Pereira formou o quarteto fantástico das provas medley com os quatro dominando as principais competições internacionais por mais de uma década. Em Atenas-2004 ele fez sua estreia olímpica conquistando de novo uma prata nos 400m medley. No ano seguinte conquistou o título mundial na distância, aproveitando a ausência de Phelps da prova.
Após uma campanha discreta no Mundial de Melbourne-2007, Cseh teve em Pequim-2008 sua melhor campanha olímpica, saindo da capital chinesa com três medalhas de prata nos 200m e 400m medley e nos 200m borboleta. Ali colocou de vez seu nome entre os grandes da natação. Nos anos seguintes manteve-se como um dos maiores nadadores do mundo, mas sempre batendo na trave em Mundiais sendo superado ora por Phelps, ora por Lochte.
Nos Jogos de Londres-2012 vacilou e ficou fora da final dos 400m medley, mas se recuperou e foi bronze nos 200m medley. Voltou ao pódio no Mundial de Barcelona-2013, no Mundial de curta de Istambul-2012 e nos Campeonatos Europeus do período. No Mundial de Kazan-2015 voltou ao lugar mais alto do pódio em um Mundial ao vencer os 200m borboleta e ganhou motivação para os Jogos Olímpicos do Rio-2016.
Na cidade maravilhosa conquistou uma histórica medalha de prata dividindo o pódio com outros dois gigantes: Phelps e Chad le Clos, em um inédito triplo empate. Esteve no Mundial de Budapeste-2017 e em casa foi vice-campeão nos 200m borboleta. Porém, com a ascensão de jovens húngaros como Tamas Kenderasi e Kristof Milak vê seu espaço na seleção nacional sob risco na luta por uma vaga em Tóquio-2020.
Cseh é um dos poucos nadadores não campeões olímpicos que são listados entre os maiores nadadores da história. Extremamente técnico e versátil, o húngaro pode obter um enorme feito em Tóquio caso se classifique. Se for ao pódio será o primeiro nadador da história a ganhar uma medalha em cinco edições diferentes de Jogos Olímpicos. Um feito que Michael Phelps, seu maior algoz e com quem dividiu todos os seus pódios olímpicos, conseguiu.