Com o gradual retorno aos treinamentos, que boa parte dos nadadores vem encarando após um longo período sem acesso a piscina, é importante refletirmos sobre algumas condições que passamos nos últimos meses em meio a quarentena e períodos de isolamento social devido a COVID-19. Veja abaixo:
- As dificuldades e limitações de manter um “padrão” de treinamento/rotina além de uma provável diminuição do gasto calórico ocupacional nas atividades do dia a dia, o que limita a quantidade geral de calorias;
- Fatores emocionais como angústia, ansiedade, medo, além do maior tempo “livre” que “humanamente” nos leva a comer mais “besteiras”;
- A incerteza da duração do afastamento, diferente das férias quando há um período estabelecido para a volta das atividades.
Todos esses fatores citados acima, entre outros, afetam a retomada do condicionamento físico dos nadadores. Vale a pena lembrar que a aptidão física é influenciada também pelo período de inatividade, pela estrutura corporal e por fatores emocionais.
Muitos vão querer resolver todas as perdas decorrentes do período de pouca atividade de composição corporal, possivelmente alterada, em alguns poucos dias. Porém, levam-se semanas e as vezes até meses para tentarmos nos readaptar a um estímulo e assim “colher” suas consequências.
É preciso também ter alguns cuidados, como com a progressão da carga de treino possivelmente com alteração da massa corporal o que leva a sobrecarga mecânica e a maior risco de lesões após o tempo de inatividade.
É interessante notar que 1 hora de exercícios leves aumenta em média um gasto calórico pequeno em comparação ao gasto calórico total de um atleta em período critico de treinamento, equivalente, por exemplo, a uma banana + um sanduíche de pão integral com queijo branco.
Mas a “sensação” de fome pode ser maior o dia todo, o que pode levar a um aumento, até involuntário, da quantidade de alimentos nas refeições no decorrer de todo o dia. Lembrando claro que aumentando a duração e a intensidade do treino é necessário um aumento proporcional do consumo energético.
Como mencionado anteriormente, nossa aptidão física é fortemente influenciada pelos nossos “cuidados”, independente da fase, situação, dificuldades e limitações. Há bons estudos que demonstram que a performance é influenciada não só pelo período de treinamento, mas também há um papel importante e fundamental o que o atleta faz enquanto não esta treinando.