A natação brasileira fechou sua campanha nos Jogos Pan-Americanos de Santiago com mais duas medalhas na conta. Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut pela segunda vez consecutiva foram ao pódio da maratona aquática feminina em uma prova bastante disputada nas águas da Laguna Los Morros. Ana Marcela faturou a medalha de prata e Viviane ficou com o bronze, após um duelo contra a veterana americana Ashley Twichell que teve uma grande performance para conquistar uma inédia medalha de ouro.
Ana Marcela e Viviane fizeram um prova bastante tática, buscando guardar energia para a parte final da maratona. Ambas nadaram no meio do pelotão da frente na metade inicial e apertaram o ritmo nas últimas voltas, deixando as adversárias para trás e partindo para cima de Twichell que liderou praticamente todo o percurso. A americana sabia que para vencer não poderia deixar as brasileiras se aproximarem demais e tratou de tentar abrir o máximo de vantagem possível.
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A estratégia deu certo e Twichell conseguiu chegar a última volta com uma boa vantagem em relação a Ana Marcela, que vinha tirando a diferença a cada braçada. A brasileira apertou o ritmo, mas não conseguiu chegar a tempo de ultrapassar a americana que conseguiu guardar energia para os metros finais e suportar um possível ataque da campeã olímpica. Twichell levou a medalha de ouro com 1h57min16s4 de prova e Ana Marcela foi prata com 1h57min29s4.
Esta foi sua primeira competição sob o comando do técnico italiano Fabrizio Antonelli e foi a segunda medalha da brasileira em Jogos Pan-Americanos igualando a marca das brasileiras Poliana Okimoto e Viviane Jungblut e da argentina Cecilia Biagioli. Vivi repetiu sua medalha de bronze de Lima-2019 e a medalha veio após 1h57min51s1 de prova. Ela segue sendo a única mulher da história dos Jogos Pan-Americanos a ganhar medalhas em provas de piscinas e nas águas abertas. Em Santiago ela já havia sido bronze nos 800m e 1500m livre.
Devido as condições climáticas, a prova em Santiago foi disputada com trajes especiais de borracha, os wet suits de manga longa. A prova masculina, que terá largada a partir das 14h30 e não contará com a presença de nadadores brasileiros, também terá o uso desse acessório como obrigatório. Com a vitória de Twichell uma marca segue vigente na história das águas abertas feminina dos Jogos Pan-Americanos. Até hoje nunca tivemos na história uma bicampeã.
Disputada pela primeira vez em 2007, a campeã inaugural foi a americana Chloe Sutton. Em 2011 quem levou o ouro foi a argentina Cecilia Biagioli. Em 2015 a medalha de ouro foi da americana Eva Fabian e em 2019 a campeã foi Ana Marcela Cunha. Clique aqui e veja o resultado completo da prova feminina de águas abertas.