31 de agosto de 2022, 50 anos do quarto dia de finais da natação dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, e mais duas vitórias com recordes mundiais para Mark Spitz.
No dia anterior, Spitz foi o mais rápido tanto nas eliminatórias (56s45) como na semifinal (55s98) dos 100m borboleta. Detentor do recorde mundial da prova desde 1967, Spitz quebrou a marca cinco vezes, as duas últimas na seletiva americana, apenas 27 dias antes da Olimpíada.
Neste 31 de agosto, Spitz iria encarar 45 minutos de intervalo da final dos 100m borboleta para o revezamento 4x200m livre.

Os 100m borboleta era “a prova” de Spitz. Era onde todos reconheciam que ele não teria ameaça ou adversário. E na final ele deixou isso claro abrindo forte com 25s38 e venceu com 54s27 colocando quase um segundo e meio de vantagem sobre o segundo colocado. Quarta vitória, a quarta com recorde mundial.
O intervalo de 45 minutos até seria o suficiente se não tivesse todo o protocolo a ser cumprido. E Spitz sentiu isso no revezamento 4x200m livre. Os americanos trocaram três nomes da equipe que havia se classificado com o melhor tempo nas eliminatórias. Spitz foi escalado para fechar, era mais tempo de intervalo.

E Spitz sentiu. Seu parcial foi 1min54s24 quase dois segundos acima do tempo que havia lhe dado o ouro na prova individual (1min52s78). Foi também o parcial mais lento da equipe americana que até chegou a ser ameaçada no primeiro parcial pela União Soviética. No final, Team USA campeão olímpico com 7min35s78, quase seis segundos a frente da Alemanha Ocidental, vice campeã da prova.
Spitz chegava a cinco vitórias, cinco medalhas de ouro, todas com recordes mundiais. Já era o maior medalhista olímpico da história, mas ainda faltavam mais duas provas para completar o seu desafio. Ainda bem que Spitz teria um par de dias de descanso antes de encarar as finais dos 100m livre e 4x100m medley.