Na manhã desta terça-feira o presidente Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, anunciou a convocação dos integrantes do Time Olímpico de Refugiados para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Ao todo serão 29 atletas que vivem em situação de refúgio e que tiveram que fugir de seus países por diferentes motivos como conflitos, perseguições políticas, entre outros. Será a segunda Olimpíada da equipe, que estreou no Rio-2016. A natação foi contemplada com duas vagas.
Os dois atletas que disputarão os Jogos foram escolhido pelo critério de universalidade. Na natação feminina, Yusra Mardini será a representante dos refugiados. A jovem de 23 anos nasceu na Síria e vive hoje na Alemanha. Em 2015 ela fugiu da guerra civil em sua terra natal com sua irmã em uma história que vai inclusive virar filme da Netflix. Yusra nadará os 100m borboleta em Tóquio, mesma prova que nadou no Rio-2016.
No masculino o representante será o também sírio Alaa Masso, escalado para disputar os 50m livre no Japão. Assim como Yusra, Masso deixou seu país durante o auge da guerra civil em direção para a Europa. Hoje o jovem se estabeleceu na Alemanha, onde vive e treina. No Rio-2016 o nadador masculino do Time Olímpico dos Refugiados foi o sírio Rami Anis.
A equipe dos refugiados terá ao todo 29 atletas em mais outras 11 modalidades, além da natação: atletismo, judô, badminton, boxe, canoagem de velocidade, ciclismo, levantamento de peso, luta greco-romana, karatê, tiro esportivo e taekwondo. Atualmente segundo números do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) existem cerca de 70 milhões de refugiados pelo mundo, cerca de 1% da população mundial.