Allan do Carmo, atleta Mormaii e ex-integrante da Seleção Brasileira de águas abertas, encarou um novo desafio ao participar pela primeira vez de uma prova de triathlon no Ironman 70.3, realizado no Rio de Janeiro no final do mês de junho. A prova foi composta por 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21,1 km de corrida.
“Foi uma experiência incrível. A prova para mim foi muito boa, eu gostei bastante.A natação, que é minha especialidade, começou com um mar mexido devido ao vento, mas mesmo assim consegui completar em 24 minutos, exatamente como planejei.”, comentou Allan.
Após a natação, Allan enfrentou a transição para o ciclismo. “A transição foi muito dura. Subimos umas escadas até chegar às bikes e depois tivemos que descer com a bike no paralelepípedo. Eu coloquei minha bike no ombro para não danificá-la, já que não tenho tanta habilidade nesse tipo de terreno,” relatou.
No ciclismo, Allan enfrentou ventos contrários na maior parte do percurso. “No pedal, no início e na maior parte do trajeto, o vento estava contra. Foi um pedal duro, mas consegui completar em 2 horas e 40 minutos. A transição para a corrida foi difícil, fiz em 6 minutos e 40 segundos. O percurso incluía um túnel e mais subidas com vento contra. Tinha partes a favor do vento que me ajudaram um pouco.”, contou.
A corrida foi a parte mais desafiadora para Allan. “Desci da bike já sentindo o desgaste e não consegui manter o pace planejado. Minha frequência cardíaca estava muito alta e fui tentando abaixá-la sem sucesso. Na segunda metade da prova, já estava alternando entre correr e andar. O calor foi um adversário a mais, precisei parar para beber água, comer biscoitos de água e sal e tomar sal. Nada parecia ajudar. Foi bem difícil, mas consegui completar.”, comentou o atleta Mormaii.
Allan do Carmo completou a prova como um desafio pessoal, sem foco na competitividade, e mostrou que, mesmo fora de sua zona de conforto, consegue superar desafios significativos.
Apesar das dificuldades, Allan destacou o apoio da torcida como um fator motivacional. “A parte mais emocionante foi passar pela torcida. Vindo da natação, a gente não está acostumado a ouvir tanto incentivo. Foi incrível ouvir tantas pessoas gritando meu nome. Na saída da água, meu pai estava lá gritando e quase parei para abraçá-lo. Foi uma experiência dolorosa, mas muito gratificante.”, disse.
Veja mais sobre a prova do Ironman 70.03 no site oficial aqui.