Toda organização tem o objetivo de crescer para se manter viva e isso inclui as federações esportivas. Foi dessa forma que a maior organização estadual, entre os esportes aquáticos do país, construiu sua história. Em 26 de novembro de 1932, foi fundada a Federação Paulista de Natação (FPN) por um grupo seleto de clubes paulistas, sendo a maioria situados na capital e alguns membros no litoral.
No ano de 1996, a mesma, se torna a Federação Aquática Paulista (FAP), atual responsável no Estado de São Paulo pela normatização de cinco modalidades olímpicas: natação, natação artística, polo aquático, saltos ornamentais e águas abertas. Com 6 mil atletas e 160 entidades filiadas, a organização detém grande parte dos atletas federados do país.
Mantendo sua tendência de renovação, a entidade reativou uma antiga parceria de sucesso. Realizado por Igor de Souza, o Circuito de Maratonas Aquáticas é referência nas águas abertas do Brasil e está presente no calendário nacional desde 1989. É realizado anualmente através de dez etapas que acontecem em todas as regiões do estado de São Paulo.
O circuito deteve a chancela da FAP durante 1989 a 2004 possuindo uma média de público, a cada etapa, em torno de 2500 pessoas. As provas acontecem em três distâncias: curta, média e longa, sendo a curta entre 600m a 800m, a média de 1,6 km a 2 km e a longa entre 3,2 km a 4 km. O campeonato permite também a categoria triathlon que tem a mesma distância da prova média, porém, os nadadores nesta categoria nadam obrigatoriamente com roupas de neoprene.
Através dessa união, a FAP vislumbrou a possibilidade de trazer mais praticantes para a modalidade que em nosso país teve um crescimento exponencial nos últimos anos, devido ao aumento do número de eventos e divulgação. As maratonas aquáticas evoluem dentro da sociedade, se espelhando nas corridas de rua, porém com diversas vantagens.
Assim como as corridas de rua, as maratonas aquáticas são acessíveis com um calendário robusto que atende a diversos públicos e regiões. Em sua maioria acontecem no litoral em cenários que somente o mar poderia proporcionar, tendo um valor turístico no evento que muitos outros não atingem. A conexão com a natureza, seja no mar ou em represas pelo interior, é um aspecto inigualável da modalidade.
O circuito possui muita credibilidade, pois mesmo nos anos em que não esteve sob chancela da FAP contou com a participação da nossa primeira medalhista olímpica na modalidade, Poliana Okimoto, da maior medalhista em mundiais de águas abertas da história, Ana Marcela Cunha e da integrante mais jovem do time olímpico no Rio-2016, Gabrielle Roncatto, o que torna o evento mais instigante para quem tem a oportunidade de largar ao lado de seus ídolos. Vale mencionar que tanto o circuito quanto a FAP, têm patrocínio da Speedo, maior marca e natação do Brasil.
Opinião SWIM CHANNEL
O encerramento da parceria entre FAP e Igor de Souza na década passada é algo que jamais deveria ter acontecido. Foi prejudicial para ambos, mas a conta pesou mais para lado da FAP. Juntar novamente as duas partes não será apenas uma honrada ação comercial que independerá de recursos públicos, mas uma forte alavanca para o ingresso de novos atletas na natação em águas abertas.
Já participei de várias provas da maratona ,nunca tive nem um problema nas provas.